Gaeco saindo da Câmara de Vereadores de Curitiba — Foto: Gil Bermudes/RPC
Segundo o Ministério Público do Paraná (MP-PR), ela é investigada por "rachadinha", que é o desvio de parte ou de todo salário do servidor para o parlamentar ou secretários, a partir de um acordo estabelecido anteriormente. A investigação foi aberta a partir de denúncia anônima encaminhada em 2021, indicando que a vereadora estava praticando o crime desde 2017.
Quem é Noemia Rocha
O g1 aguarda retorno da vereadora para comentar a investigação.
Segundo a denúncia, os servidores de Noemia eram obrigados a repartir os salários com pessoas que prestavam serviços informais relacionados ao programa de rádio da parlamentar.
O coordenador estadual do Gaeco, Leonir Batisti, disse que denúncia informava ainda que a vereadora obrigava os servidores a pagar contas pessoais dela.
"Pagamentos de despesas em geral da vereadora, o que incluiria até mesmo despesas do pagamento de festa do casamento da filha dela", disse Leonir.
Os mandados foram expedidos pela 6ª Vara Criminal da capital.
Em nota, a Câmara de Vereadores informou que foi contatada pelo Gaeco pela manhã e ofereceu acesso às dependências para fins de cumprimento dos mandados. Segundo a câmara, a equipe do Gaeco chegou às 6h e deixou o Legislativo às 7h50.
"A CMC segue à disposição das autoridades para colaborar com as investigações e prestar quaisquer esclarecimentos que se façam necessários", diz a nota.
Noemia Rocha está no quarto mandato como vereadora — Foto: Rodrigo Fonseca/CMC
Noemia Rocha está no 4º mandato como vereadora de Curitiba. Ela foi eleita em 2020 com 4.439 votos.
Atualmente, Noemia é líder do MDB na câmara.
Com o G1
Nota da Câmara Municipal de Curitiba
No início da manhã desta terça-feira (28), a presidência da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) foi contatada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná (MP-PR), que informou a necessidade de cumprir um mandado de busca e apreensão no gabinete da vereadora Noemia Rocha (MDB).
Em atendimento à solicitação da autoridade competente, a gestão da Câmara Municipal de Curitiba ofereceu acesso às suas dependências, para fins de cumprimento do mandado. A CMC segue à disposição das autoridades para colaborar com as investigações e prestar quaisquer esclarecimentos que se façam necessários.
A equipe do Gaeco chegou às 6h nas dependências da CMC e deixou o Legislativo às 7h50. Até o momento, a CMC não foi comunicada formalmente do motivo da investigação; logo, reiteramos à imprensa buscar mais informações no Ministério Público do Paraná.
Assessoria de comunicação CMC.
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