Ao todo, cerca de 50 entidades participaram do encontro, incluindo Abrabar, Associação Comercial do Paraná (ACP), Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel)
A Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba fez um aviso aos setores econômicos, nesta quinta-feira (27), que irá decretar bandeira vermelha. O documento pode ser publicado ainda hoje por um pedido das entidades, mas a vigência da atual bandeira laranja ainda é válida até esta sexta-feira (28).
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar), Fabio Aguayo, a administração municipal deixou clara a situação crítica da doença na capital. “A situação está mesmo fora de controle, colapsada, mas isso estamos vendo desde o começo. Agora as pessoas estão mais cansadas e muitas vezes desistindo e é isso que a gente não quer. O que queremos aqui é razoabilidade”, disse.
O presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), Camilo Turmina, fez duras críticas ao anúncio. Segundo ele, é necessário buscar alternativas para a cidade. “Eles apresentam números que mostram que a maior transmissibilidade acontece fora de Curitiba, então por qual motivo decretar lockdown aqui? Nós queremos possibilitar alternativas, como o revezamento do comércio para diminuir o número de pessoas nas ruas”, disse.
Ao todo, cerca de 50 entidades participaram do encontro, incluindo Abrabar, ACP, Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). O encontro contou ainda com a participação da Câmara Municipal, Ministério Público do Paraná (MP-PR) e Conselho Regional de Medicina (CRM).
O presidente da Abrabar ainda citou ajuste feito pelo Governo do Estado, que ampliou em uma hora o funcionamento de restaurantes, bares e lanchonetes.“Nós sabemos que muitos dos empresários estão preocupados com seus negócios e famílias, já que o vírus não mata apenas pela contaminação, mas mexe com a saúde mental, forças e destinos. Isso nós estamos tentando conciliar, não queremos afrontar ninguém e apenas fazer com que todos sobrevivam a esse momento difícil”, comentou.
Transporte Coletivo
Durante o encontro, as entidades econômicas fizeram um apelo com relação ao transporte coletivo. A ACP, por exemplo, pediu uma restrição mais efetiva aos ônibus, com embarque exclusivo para profissionais de atividades essenciais. “É uma matemática que não dá para entender, o único lugar do mundo que não tem Covid é no ônibus com 70% de ocupação parece. Eu disse que uma pessoa infectada na associação passou para outras oito, então como não tem transmissão no ônibus. É melhor parar o transporte coletivo e deixar liberado apenas para imprescindíveis, como profissionais da saúde e da segurança”, concluiu Turmina.
Segundo a ACP, a entidade irá entrar na Justiça para impedir o fechamento total do comércio.
1 Comentários
Exatamente porque a região metropolitana pode trabalhar normalmente e Curitiba não pode
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