Dois anos e quatro meses após ser deflagrada a Lava-Jato, a força-tarefa da operação já soma 66 acordos de colaboração premiada, sendo 61 delações de pessoas físicas, 5 acordos de leniência e um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com pessoas jurídicas. As informações são d’O Globo.
O número de colaborações aumentou 37% nos últimos quatro meses. Nesse período, as condenações subiram de 93 para 106, contabilizando cerca de 1.150 anos de prisão para os envolvidos.
O número de colaborações aumentou 37% nos últimos quatro meses. Nesse período, as condenações subiram de 93 para 106, contabilizando cerca de 1.150 anos de prisão para os envolvidos.
Nas 32 fases da Lava-Jato realizadas até agora, foram executados 643 mandados de busca e apreensão, 175 de condução coercitiva e 171 prisões, entre preventivas, temporárias e em flagrante. Entre os acordos de pessoas físicas fechados com o MPF, 55 são públicos, e seis são mantidos em sigilo.
Em relação aos de leniência, fecharam colaboração Grupo Setal, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez, esta última com multa fixada em R$ 1 bilhão. A Camargo foi penalizada em R$ 700 milhões, e a Setal, em R$ 15 milhões. Os demais acordos são mantidos em sigilo.
A força-tarefa pede ressarcimento aos cofres públicos, incluindo multas, de R$ 37,6 bilhões. Os dados mostram que, desde o início da operação, foram feitas 44 acusações criminais contra 216 pessoas, pelos crimes de corrupção, organização criminosa, lavagem de dinheiro e contra o siste- ma financeiro internacional.
O MPF realizou até o momento 108 pedidos de cooperação internacional com 36 países, alguns deles paraísos fiscais, e estima que já recuperou R$ 5,3 bilhões; deste total, R$ 2,4 bi bloqueados em bens só na Suíça, esperando ordem judicial para voltar aos cofres públicos.
(Geraldo Bubniak / O Globo)
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